SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 issue198The Salazarist State rhetoric on the “unwanted” (1933-1939) author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

  • Have no similar articlesSimilars in SciELO

Share


Análise Social

Print version ISSN 0003-2573

Anál. Social  no.198 Lisboa  2011

 

Profit, rent, patrimony, and risk on the large landed estates in southern Portugal toward the end of the nineteenth century

 

Ana Novais*

* DEASR, Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa, Tapada da Ajuda — 1349-017 Lisboa, Portugal. e-mail: ananovais@isa.utl.pt

 

Abstract

This study focuses on the economic rationality of large landed estates in the Iberian Peninsula. It assumes these estates submit to a rational land use, that is sensitive to economic change. Its goal is to discuss the main criteria for economic management of landed estates in Southern Portugal during the last decades of the nineteenth century: namely profit, risk, rent, and patrimony. A multiple-criteria programming model, farming economic accounts, and compared analysis are used in developing a case study. The article concludes for a patrimonial logic within which a policy for compromise between income and risk was followed.

Keywords: multiple-criteria analysis; economic rationality; landed estate; Alentejo.

 

Lucro, renda, património e risco nos grandes domínios fundiários do sul de Portugal nos finais do século xix

Resumo

Este estudo discute a racionalidade económica dos grandes domínios fundiários da Península Ibérica. Assume-se que a exploração agrícola destas terras se baseia em critérios de racionalidade económica, sensíveis às transformações económicas. Pretende identificar os principais critérios presentes na gestão dos grandes domínios fundiários do Sul de Portugal, nos últimos decénios do século xix: lucro, renda, risco  e património. A discussão parte do estudo da Casa de Ficalho, e apoia-se num modelo de programação multi-critério, na contabilidade dos domínios, e numa análise comparativa. Conclui-se que esta racionalidade se alicerça num compromisso entre a maximização do rendimento e a minimização do risco económico, dentro de uma lógica patrimonial.

Palavras-chave: Análise multi-critério; racionalidade económica; património fundiário; Alentejo.

 

Full text only available in PDF format.

Texto completo disponível apenas em PDF.

 

Bibliography

A Redacção do Boletim da RACAP (1899), “Sciencia e Rotina”. Boletim da Real Associação Central da Agricultura Portuguesa, vol. I, 5, pp. 225-227.

Alaejos, A. M. and Cañas, J. A. (1993), “Seleccion de planes de cultivo en contexo de riesgo mediante el modelo Media-DAP”. Investigacion Agraria: Economia, vol. 8 (2), pp. 165-183.

Amaral, L. (2009), “Old but new questions: back to the passage from Ancien Régime to Liberalism in Portugal nineteenth century”. In J. Braga de Macedo et al. (org.), Nove Ensaios na Tradição de Jorge Borges de Macedo. Lisboa, Tribuna da História, pp. 101-132.

Andrade, A. (1901), “Um capítulo do ‘Portugal Económico’”. Boletim da Real Associação Central da Agricultura Portuguesa, vol. III, 10, pp. 501-513.        [ Links ]

Balabanian, O. (1980), Les exploitations et les problèmes de l’agriculture en Estrémadure espagnole et dans le Haut-Alentejo: contribution à l’etude de campanges méditerranéennes (2 vols.), n.l., n.e.

Baptista, F. O. (1980), “Economia do latifúndio – o caso português”. In A. de Barros (coord.), A Agricultura Latifundiária na Península Ibérica, Oeiras, Instituto Gulbenkian de Ciências/Centro de Estudos de Economia Agrária, pp. 341-372.

Baptista, F. O. and Santos, R. T. (2005), Os Proprietários Florestais, Oeiras, Celta Editora.

Barros, H. (1980), “O latifúndio: tentativa de caracterização económica”. In A. de Barros (coord.), A Agricultura Latifundiária na Península Ibérica, Oeiras, Instituto Gulbenkian de Ciências/Centro de Estudos de Economia Agrária, pp. 15-27.

Basto, E. A. L. (1941), “A propriedade rústica”. Anais do Instituto Superior de Agronomia, vol. XII (1), pp. 7-170.

Berbel, J. (1988), “Target returns within risk programming models: a multi-objective approach”. Journal of Agricultural Economics, 39 (2), pp. 263-270.

Berbel, J. (1989), “Analysis of protected cropping: an application of multiobjective programming technique to Spanish horticulture”. European Review Agriculture Economics, 16(2), pp. 203-216.

Berbel, J. (1993), “Risk programming in agriculture systems: a multiple criteria analysis”. Agriculture Systems, 41, pp. 275-288.

Boussard, J.-M. (1987), Economie de l’agriculture, Paris, Economica.

Casado Alonso, H. and Robledo Hernández, R. (eds.) (2002), Fortuna y Negocios: Formación y Gestión de los Grandes Patrimonios (siglos XVI-XX), Valladolid, Universidad de Valladolid, Secretariado de Publicaciones e Intercambio Editorial, pp. 9-20.

Castro, L. de (1900), “Le Crédit Agricole et le Mouvement Associatif Rural”. In B. C. C. da Costa and D. L. de Castro, Le Portugal au Point de Vue Agricole, Lisbonne, Imprimerie Nationale, p. 857-911.

Conde de Arnoso (1998), “Elogio do conde de Ficalho, lido na sessão especial da Sociedade de Geografia de Lisboa em 19 de Maio de 1903 pelo conde de Arnoso”. In conde de Ficalho, Dispersos, Lisboa, Universitária Editora, pp. 33-43.

Feio, M. (1985), “Uma grande lavoura de Serpa na segunda metade do século XIX. A cultura dos cereais e dos legumes”. Finisterra. Revista Portuguesa de Geografia, Lisboa, XX (40), pp. 207-266.

Feio, M. (1988), “Uma grande lavoura de Serpa na segunda metade do século XIX. Os gados e a rendibilidade dos principais sectores da exploração”. Finisterra. Revista Portuguesa de Geografia, Lisboa, XXIII (45), pp. 55-100.

Florencio Puntas, A. (2002), “Patrimonios indianos en Sevilla en el s. XIX: entre la tradición y la innovación”. In H. Casado Alonso and R. Robledo Hernández (eds.), Fortuna y Negocios: Formación y Gestión de los Grandes Patrimonios (siglos XVI-XX), Valladolid, Universidad de Valladolid, Secretariado de Publicaciones e Intercambio Editorial, pp. 191-215.

Fonseca, H. A. (1996), O Alentejo no Século XIX. Economia e Atitudes Económicas, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Fonseca, H. A. (1998), “Elites agrárias e crescimento económico na periferia portuguesa do século XIX: o exemplo do Alentejo na era liberal (1850-1910)”. Análise Social, xxxiii (146-147), pp. 497-538.

Fonseca, H. A. (2003), “Agrarian elites and economic growth in nineteenth-century Portugal: the example of the Alentejo in the Liberal era (1850-1910)”. Social History, 28 (2), pp. 202-226.

Garrabou, R., Planas, J. and Saguer, E. (2002), “Administradores, procuradores y apoderados: una aproximación a las formas de gestión de la gran propriedad agraria en la Cataluña contemporánea”. In H. Casado Alonso and R. Robledo Hernández (eds.), Fortuna y Negocios: Formación y Gestión de los Grandes Patrimonios (siglos XVI-XX), Valladolid, Universidad de Valladolid, Secretariado de Publicaciones e Intercambio Editorial, pp. 301-321.

Godelier, M. (n/date), Racionalidade e Irracionalidade na Economia, Rio de Janeiro, Ed. Tempo Brasileiro.

Gomes, M. d’ A. (n/date), Informação Histórica a Respeito da Evolução do Ensino Agrícola Superior, Lisboa, Editorial Inquérito Limitada.

Graça, L. L. (1995), Propriedade e Agricultura. Evolução do Modelo Dominante de Sindicalismo Agrário em Portugal. Phd, Lisboa, Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia.

Hespanha, P. (1983), “Através dos campos dos senhores da terra. Notas para o estudo da grande lavoura alentejana oitocentista”. Revista Crítica de Ciências Sociais, 11, pp. 61-80.

Justino, D. (1988), A Formação do Espaço Económico Nacional. Portugal 1810-1913, vol. I, Lisboa, Vega.

Justino, D. (1990), Preços e Salários em Portugal (1850-1912), Lisboa, Banco de Portugal.

Lana Berasaín, J. M. (2002), “Afanes y recompensas del cuitado señor don José María Magallón y Armendáriz, o la remodelácion de un patrimonio aristocrático en siglo XIX”. In H. Casado Alonso and R. Robledo Hernández (eds.), Fortuna y Negocios: Formación y Gestión de los Grandes Patrimonios (siglos XVI-XX), Valladolid, Universidad de Valladolid, Secretariado de Publicaciones e Intercambio Editorial, pp. 165-189.

Martins, M. C. A. (1992), “Opções económicas e influência política de uma família burguesa oitocentista: o caso de São Romão e José Maria dos Santos”. Análise Social, xxvii (116-117), pp. 367-404.

Matos, A. C., Martins, M. C. A. and Bettencourt, M. L. (1982a), Senhores da Terra. Diário de um Agricultor Alentejano (1832-1889), Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Matos, A. C., Martins, M. C. A. and Bettencourt, M. L. (1982b), “Um empresário agrícola oitocentista”. Revista de História Económica e Social, 10, pp. 87-93.

Moreno Lázaro, J. (2002), “Capitalismo agrario y empresa en Castilla la Vieja: La familia Guerra, 1814-1976”. In H. Casado Alonso and R. Robledo Hernández (eds.), Fortuna y Negocios: Formación y Gestión de los Grandes Patrimonios (siglos XVI-XX), Valladolid, Universidad de Valladolid, Secretariado de Publicaciones e Intercambio Editorial, pp. 217-249.

Munier, B. (1994), “Décision et cognition”. Revue française de gestion, Juin-Juillet-Aout, pp. 79-91.

Munier, B. (1995), “Entre rationalités instrumentale et cognitive: contributions de la dernière décennie à la modelisation du risque”. Revue d’économie politique, 105 (1), pp. 6-70.

Naredo, J. M. (1980), “Algunas precisones sobre la noción de ‘latifúndio’ y el devenir de la agricultura ‘latifundiária’”. In A. de Barros (coord.), A Agricultura Latifundiária na Península Ibérica, Oeiras, Instituto Gulbenkian de Ciências/Centro de Estudos de Economia Agrária, pp. 303-340.

Novais, A. (2005), Lucro, Renda, Património e Risco nas Casa Agrícolas do Alentejo no Final do Século XIX. A Casa de Ficalho. Phd, Lisboa, Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia.

Pereira, M. (1980), “Algumas reflexões sobre a transformação económica da estrutura latifundiária”. In A. de Barros (coord.), A Agricultura Latifundiária na Península Ibérica, Oeiras, Instituto Gulbenkian de Ciências/Centro de Estudos de Economia Agrária, pp. 373-382.

Pereira, Z. (2004), “Breyner, Francisco Manuel de Melo (1837-1903), 4.º conde de Ficalho”. In M. F. Mónica (dir.), Dicionário Biográfico Parlamentar: 1834-1910. A – C, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais and Assembleia da República.

Péry, G. A. (1883), Estatísticas Agrícolas do Distrito de Beja. Parte I, Concelho de Beja, Lisboa, Imprensa Nacional.

Petrusewicz, M. (1989), Latifondo. Economia morale e vita materiale in una periferia dell’Ottocent, Venezia, Marsilio Editori.

Polanyi, K. (1976), “La economia como actividad institucionalizada”. In K. Polanyi et al., Comercio y Mercado en los Imperios Antiguos, Barcelona, Labor Universitaria, pp. 289-316.

Radich, M. C. (1996), Agronomia no Portugal Oitocentista. Uma Discreta Desordem, Oeiras, Celta Editora.

Rehman, T. and Romero, C. (1993), “The application of the MCDM paradigm to the management of agricultural systems: some basic considerations”. Agricultural Systems, 41, pp. 239-255.

Reis, J. (1993), O Atraso Económico Português em Perspectiva Histórica: Estudos sobre a Economia Portuguesa na Segunda Metade do Século XIX, 1850-1930, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Ripamonti, J. A. (1888), Crédito Agrícola e os Bancos Ruraes, Lisboa, Typographia Portuense.

Romero, C. and Rehman, T. (1989), Multiple Criteria Analysis for Agricultural Decisions, Amsterdam and New York, Elsevier Science Publishers B.V.

Romero, C., Rehman, T. and Domingo, J. (1988), “Compromise-risk programming for agricultural resource allocation problems: an illustration”. Journal of Agricultural Economics, 39 (2), pp. 271-276.

Roux, B. (1980), “L’évolution de l’agriculture latifundiaire dans le système capitaliste: Les transformations de la grande exploitation en Andalousie”. In A. de Barros (coord.), A Agricultura Latifundiária na Península Ibérica, Oeiras, Instituto Gulbenkian de Ciências/Centro de Estudos de Economia Agrária, pp. 245-273.

Santos, J. M. de L. (1991), Racionalidade Económica na Exploração Agrícola Familiar. O Modelo da “unidades económica de trabalho familiar” de Alexander Chayanov, Lisboa, Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia.

Santos, R. (2003), Sociogénese do Latifundismo Moderno. Mercados, Crises e Mudança Social na Região de Évora, séculos XVII a XIX, Lisboa, Banco de Portugal.

Serrano García, R. (2002), “La Casa de Gor y su patrimonio en Salamanca y Ciudad Rodrigo (1849-1910)”. In H. Casado Alonso and R. Robledo Hernández (eds.), Fortuna y Negocios: Formación y Gestión de los Grandes Patrimonios (siglos XVI-XX), Valladolid, Universidad de Valladolid, Secretariado de Publicaciones e Intercambio Editorial, pp. 323-349.

Sfez, L. (1990), Crítica da Decisão, Lisboa, Publicações Dom Quixote.

Simon, H. A. (1959), Theories of decision-making in economics and behavioral science”. The American Economic Review, xlix (3), pp. 253-283.

Sumpsi Viñas, J. M. (1980), “Evolucion tecnologica y racionalidad economica en las grandes explotaciones de la campiña andaluza”. In A. de Barros (coord.), A Agricultura Latifundiária na Península Ibérica, Oeiras, Instituto Gulbenkian de Ciências/Centro de Estudos de Economia Agrária, pp. 303-340.

Ulrich, J. H. (1908), O Crédito Agrícola em Portugal (sua organização), Lisboa, Livraria Ferin-Editora.

Zeleny, M. (1982), Multiple Criteria Decision Making, Madrid, London, New York, ­McGraw-Hill Book Company.

 

Received 01-04-2009. Accepted for publication 17-07-2010.

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License